Os três tipos de cristãos: uma auto análise

Olá meus amores! Como vocês estão?

Esse final de semana comecei a ler um livro digital que muito falou comigo, o nome dele é "O Cristão Bíblico", cujo autor é Evaristo Filho. Bem no começo do livro, na introdução, o autor classifica três tipos de cristãos, a fim de que o leitor saiba o que exatamente ele quer dizer com "cristão bíblico". 

Achei tão interessante que decidi compartilhar com vocês. Vamos lá?

Apenas gostaria de te pedir muita humildade para ler isso daqui. Não, não é o seu amigo, seu vizinho ou sua mãe que deveria ler. Eles também, mas principalmente você. Peço a Deus que te dê a graça de ser humilde o suficiente para reconhecer onde você está.

Não brinque de ser cristão. Não é tempo para isso. De Deus não se zomba. Por favor, leia o texto atentamente. 

que tipo de cristão você é?


“O Cristianismo pode ser estudado tanto em sua essência, ou seja, em termos de seus princípios e valores fundamentais, ou à luz de sua história e desenvolvimento teológico. Se estudarmos o Cristianismo por uma via histórica e doutrinária, nós perceberemos que existiram e existem literalmente dezenas de tipos de cristãos. Assim, para estudarmos o Cristianismo a partir dessa perspectiva, nós teríamos que elaborar uma lista com as suas diversas divisões e subdivisões através dos séculos.
Contudo, visto que o nosso propósito aqui é o estudo da essência do Cristianismo, e não fazer uma análise de sua história, nós podemos reunir (para fins didáticos apenas) todos os cristãos em apenas três tipos, grupos ou categorias diferentes: 
(1) o cristão nominal 
(2) o cristão institucional
(3) o cristão bíblico. Vejamos a seguir cada um deles separadamente.

O cristão nominal

O cristão nominal é aquele que professa crer em Cristo, mas não há qualquer evidência de que a sua fé seja autêntica. Ele pode ser um indivíduo que se considera cristão apenas porque o senso comum diz que “todo mundo tem que ter uma religião”. É o tipo de pessoa que nasceu em um lar católico ou evangélico e se considera cristão apenas porque o senso comum diz que “todo mundo tem que ter uma religião”. É o tipo de pessoa que nasceu em um lar católico ou evangélico e se considera cristão por herança familiar. É a pessoa que foi batizada na igreja quando era criança e assim tornou-se um cristão por decisão de seus pais e não por sua própria vontade. Esse tipo também pode se considerar cristão por sustentar um elevado padrão moral como, por exemplo, não ter excessos, não ser violento e ser caridoso, educado, honesto etc.

Para o cristão nominal a fé é uma questão superficial, que cumpre apenas um papel social, mas que não tem a menor relação prática com a sua vida diária. De fato, para este tipo de cristão, a fé é uma coisa totalmente divorciada da vida cotidiana. Para ele, não se deve misturar religião com negócios, relacionamentos ou qualquer outro aspecto da vida. Ele acredita que a religião deve ser praticada somente na esfera da igreja e que a sua vida religiosa não deveria interferir nas demais áreas de sua vida.

O cristão nominal não tem certeza da salvação e, de fato, não pode ser considerado uma pessoa salva, pois nunca reconheceu sinceramente a sua condição de pecador. Aliás, ele crê que o fato de pertencer a uma igreja ou à religião cristã é suficiente para garantir-lhe, pelo menos, um lugar no “purgatório”, de onde ele terá alguma chance de chegar ao céu. Assim, enquanto não vai para esse lugar imaginário, ele tenta conseguir a sua passagem de ida sendo um bom cidadão, e sempre que possível indo à igreja e fazendo boas obras. Enfim, a sua compreensão da vida cristã pode ser resumir em: “Deus é bom, eu sou ruim, então, devo me esforçar mais para talvez conseguir chegar ao céu”.

Um dos grandes problemas a ser enfrentado pelo cristão nominal é o fato de que nenhuma religião ou igreja é capaz de salvar alguém! Ser batizado em uma igreja ou religião não livra ninguém de ser condenado à separação eterna de Deus e, como a Bíblia ensina, não existe uma segunda chance após a morte ou um purgatório para expiar os pecados e dali seguir para o céu. Ou cremos sinceramente em Cristo nesta vida ou jamais teremos outra chance. Ninguém pode depender da sinceridade e da fé de outrem para ser salvo, pois a fé em Cristo deve proceder do coração e ela sempre é pessoal. A fé salvífica (fé para a salvação) dos pais ou de outros membros da família não é automaticamente transmitida para os filhos ou parentes. A fé dos pais pode ajudar uma pessoa a aproximar-se de Cristo, mas cada um, individualmente, tem que exercer fé pessoal em Cristo para ser salvo (ver, por exemplo, Romanos 10.9-10).

Portanto, a situação de um crente nominal é a mesma de qualquer pessoa que não crê em Jesus Cristo como Salvador: ele está condenado em seus pecados e se morrer sem a fé em Cristo estará eternamente condenado (João 3.36). Por isso é importante lembrarmos que os crentes nominais não estão somente dentro das igrejas do Catolicismo Romano. Há muitos deles nas igrejas Protestantes (Evangélicas), talvez mais do que possamos imaginar! E a razão para isso geralmente é simples: as igrejas erram ao supor que pessoas nascidas em lares evangélicos e que frequentam habitualmente a igreja estão automaticamente salvas. Mas isso é um tremendo engano! Nós temos que pregar o evangelho clara e constantemente aos nossos filhos e àqueles que frequentam a igreja para que eles possam ter uma clara e decisiva oportunidade de conscientemente aceitar ou rejeitar o evangelho de Jesus Cristo.

Se estivermos cientes, portanto, de que a salvação em Cristo é recebida pela fé sincera na Pessoa e Obra de Jesus, nós também estaremos informados de que o cristão nominal é, em uma definição final, uma pessoa que “diz ser cristã”, mas não é verdadeiramente salva e, portanto, não é autenticamente cristã. Mas, este não é o único tipo de cristão que existe. Há mais dois tipos que precisamos considerar. O próximo que consideraremos está em uma posição melhor do que a do cristão nominal, mas ainda não é o tipo de cristão que Deus deseja que sejamos. Vejamos:

O cristão institucional

O cristão institucional é, definitivamente, uma pessoa salva. Ele realmente creu em Jesus Cristo com todo o seu coração e o Espírito de Deus veio habitar dentro dele. Porém, o seu entendimento da vida cristã é defeituoso, assumidamente religioso e, consequentemente, institucionalizado.

O termo institucional se refere ao fato de tal cristão estar mais apegado às doutrinas, práticas, valores e modo de vida da instituição cristã (denominação, grupo, movimento) da qual faz parte do que, necessária e vitalmente, ao plano de Deus revelado nas Escrituras.

Por ser uma pessoa salva, o cristão institucional vê a vida cristã apenas como uma série de regras a obedecer e atividades para participar. Ele ora a Cristo, mas não pelo prazer de ter comunhão íntima com Ele; antes, para cumprir com a obrigação cristã de orar. Ele pode usar todo o vocabulário cristão, especialmente na frente dos outros, mas ele não tem um relacionamento íntimo e consistente com o Senhor Jesus. Para ele, o Cristianismo não tem muito a ver com relacionamento, mas sim com “fazer coisas”. Embora salvo, ele crê que precisa garantir a sua salvação por meio das coisas que ele faz. Ele vê todas as atividades cristãs como um meio de continuar sendo salvo, e acredita que se deixar de cumpri-las haverá um sério risco de perder a sua salvação ou de não ir para o céu quando Jesus retornar.

Você é um religioso
Fonte

Assim, ele cumpre com as suas obrigações religiosas porque “crente que é crente tem que fazer isso” ou porque deseja “alcançar alguma graça” da parte do Senhor. Da mesma forma, ele lê a Bíblia diariamente porque “o crente tem que ler a Bíblia”, mas ela não é vida para a sua alma e ele não se encontra com Cristo quando a lê. Muitas vezes, ele a estuda apenas para encontrar versículos que serão usados para defender as doutrinas que ele considera mais corretas do que as dos outros cristãos.

Ele canta músicas evangélicas e, por mais que ele diga que isso seja adoração ou louvor, na realidade, é somente mais uma atividade restrita à igreja ou às reuniões cristãs. Ele canta, mas não adora; não há entrega, intimidade ou realidade em seu cantar. Ele canta porque gosta da música e até concorda com a letra dela, mas não existe uma reflexão mais profunda. Ele não considera se o que está cantando expressa realmente a verdade ou se é o desejo genuíno de seu coração.

Ele evangeliza porque tem que fazê-lo, especialmente para o pastor não “ficar no seu pé”. Ou porque deseja ser reconhecido ou tem algum outro objetivo em mente. Ele não evangeliza porque deseja agradar a Cristo e por amor aos perdidos. Muitos cristãos institucionais evangelizam apenas para tentar aliviar o sentimento de culpa que é imposto pela pregação de “se você não evangelizar estará condenando as pessoas ao inferno”. Assim, ele pratica a evangelização por medo e não por amor ao Senhor e aos outros.

O cristão institucional também gosta de “ir à igreja” e procura participar de suas atividades, cooperando com ela por meio de seus dízimos e ofertas. No entanto, ele não se vê como um sacerdote que tem um papel vital no crescimento espiritual e numérico da igreja. O pastor e os outros líderes é que são os responsáveis. Afinal de contas, o pastor é pago para fazer seu trabalho e os outros líderes foram escolhidos para isso! Ele não é capaz de se sacrificar pelos outros ou pela obra de Deus. Ele faz a sua parte e os outros que façam a deles.

Muitos dos crentes institucionais são identificados como cristãos ou evangélicos apenas por causa de sua aparência: roupas sociais, corte de cabelo curto para os homens e cabelo longo para as mulheres, a Bíblia embaixo do braço etc. E, normalmente, são conhecidos por causa do que deixam de fazer: não bebem, não fumam, não dançam, não escutam músicas não religiosas etc.

Quando conversam, usam frequentemente seu “cristianês”. Por isso, geralmente, gostam de chamar aos outros de “irmão” ou “irmã” e dar “a paz do Senhor”, mas eles mesmos não têm paz e não têm verdadeiro amor fraternal pelos irmãos, porque quando esses precisam de ajuda, eles se negam a ajudá-los, inventando qualquer desculpa esfarrapada. Eles falam que a “pessoa que tem Jesus é alegre e feliz”; porém, muitos deles realmente não o são. Muitos vivem deprimidos, angustiados, tristes, frustrados, melancólicos e cheios de ingratidão em seus corações.

Eles dizem que o “crente é um vencedor”, mas vivem com medo do diabo e de perder a salvação. Eles dizem que o “crente tem o amor de Deus”, mas por qualquer besteira se ressentem com os outros, especialmente quando alguém não concorda com eles ou não apoia as suas ideias. Eles dizem que o “crente é cheio de gratidão”, mas vivem reclamando das circunstâncias, do clima e uns dos outros. Eles facilmente perdem a alegria e a paz quando não recebem o que, quando ou quanto eles querem.

Para o cristão institucional basta saber que por meio de sua fé em Cristo ele vai para o céu. Essa é a sua maior aspiração – ir para o céu e livrar-se dos problemas aqui da terra. Apesar de salvo, este tipo de cristão não compreende nem vive de acordo com todo o propósito de Deus. Ele quer ir para o céu, mas não entende que Deus quer fazer  mais conosco do que apenas levar-nos ao céu. Ele não entende que a salvação é o meio e não o fim para se chegar aonde Deus deseja. Ele não compreende  que Deus deseja formar uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Deus não quer ter apenas um bando de gente salva, que não expressa nem representa autenticamente ao Seu Filho. Ele quer formar um corpo que realmente seja a expressão e representação de Seu Filho neste mundo. Portanto, o cristão jamais deveria estar contente em somente ir para o céu – por mais fantástico que seja!

Nós somos chamados para viver segundo o propósito de Deus (Romanos 8.28-30) e desfrutar de uma vida em plenitude (João 10.10), uma vida cheia do Espírito (Efésios 5.18), uma vida vitoriosa por meio da qual Cristo é glorificado e manifestado. Isso implica em viver uma vida cristã muito além do Cristianismo institucional com toda a sua aparência de piedade, mas carente de realidade.

O cristão institucional é, em uma definição final, um crente salvo em Cristo Jesus, porém, não tem como objetivo principal glorificar a Deus por meio de um viver centrado em Cristo, cheio da Palavra e do Espírito para desse modo tornar-se cada vez mais semelhante a Jesus em caráter e obras.

Até aqui temos considerado dois dos três tipos de cristãos que existem na atualidade. O primeiro tipo, o cristão nominal, não é verdadeiramente salvo, mas se considera um cristão por fazer parte da religião cristã, seja através do batismo ou por ter “levantado a mão” em alguma reunião cristã. O segundo tipo, o cristão institucional, é verdadeiramente salvo, mas não busca viver a vida cristã em plenitude, não procura crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, não se permite ser moldado à imagem de Cristo por meio da fé mediante a ação do Espírito Santo. Esses tipos de cristão não podem verdadeiramente expressar e representar a Cristo neste mundo e, portanto, não vivem no centro da vontade de Deus para Seus filhos. Como veremos a seguir, o cristão bíblico é o único que pode ser considerado um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo.

O cristão bíblico

O cristão bíblico é o oposto de tudo aquilo que foi declarado acerca do cristão nominal e do cristão institucional. Ele é uma pessoa verdadeiramente salva, que entregou a sua vida inteiramente a Cristo, que recebeu o batismo nas águas e procura diariamente andar e viver uma vida cheia do Espírito.

Ele sabe que irá para o céu quando partir desta vida; porém, seu foco não está em ir para o céu, mas sim em glorificar a Deus por tornar-se cada vez mais parecido com Jesus.  O céu faz parte do plano de Deus para sua vida e ele é grato por isso, mas sabe também que Deus tem um plano maior para ele neste mundo. Assim, ele fará de tudo para viver de acordo com este propósito mais elevado de Deus, que é conformarmos à imagem de Jesus para que sejamos a Sua expressão e representação sobre a terra.

cristão
Fonte
Ele é cheio da Palavra de Deus e tudo em sua vida é orientado pelos princípios e valores da Bíblia. Em submete tudo o que pensa, sente ou faz à autoridade da Palavra de Deus. Ele vive uma vida cheia de amor, de fé e de esperança.

O cristão bíblico é cristocêntrico – a sua vida está unida a Cristo, que é o centro de tudo o que ele é, sente, deseja e faz. O cristão bíblico é alegre e contente, humilde e abnegado. Ele é cheio do Espírito, o que se expressa por meio de uma vida santa e servidora. Ele é missional – entende que tem uma missão a cumprir em todo e qualquer lugar onde estiver. Ele é comunitário, pois valoriza imensamente a vida cristã coletiva, ou seja, a vida da igreja. Ele é um membro do Corpo de Cristo bem ajustado, consolidado e suprido.

O cristão bíblico, em uma definição final, é um crente salvo em Cristo Jesus que orienta toda a sua vida pelos princípios e valores da Palavra de Deus, entendendo e procurando viver de acordo com o propósito eterno de Deus, que é ter uma família de muitos filhos que sejam a exata expressão e representação de Cristo.

É possível que alguns que estão lendo este livro agora tenham reconhecido algumas imperfeições em sua carreira cristã e talvez até estejam sofrendo por desejar e não conseguir ser um cristão bíblico. Mas, se alguém deseja que Cristo viva e cresça em sua vida para ser uma autêntica expressão e representação Dele no mundo, então, um segundo passo nessa direção já foi dada, pois o primeiro deve ser a conversão.

 Assim, se neste momento, você reconhece que ainda não se arrependeu de seus pecados e deseja seguir a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, pare de ler agora mesmo e faça uma oração de entrega ao Senhor. Ore pedindo perdão pelos seus pecados e que Cristo seja o seu Salvador eterno. Afirme também, por meio da oração, que a partir deste momento você será um(a) seguidor(a) de Jesus Cristo.

Se você reconhece que já é salvo, mas que tem sido apenas um cristão institucional, mas deseja, daqui pra frente, viver em conformidade com os propósitos de Deus em sua vida, faça uma oração de entrega ao Senhor. Decida em oração que a partir de hoje você viverá como um discípulo de Jesus Cristo, um cristão bíblico que vive para Deus e para Seus propósitos.”

Trecho de: Filho, Evaristo. “O cristão bíblico.” iBooks.
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E aí? Se identificou?

Está na hora de parar de ser um cristão fajuto e ser um cristão verdadeiro não acha? Os fins dos tempos estão aí, não é hora de brincar de ser quem não é.

Que Jesus nos ajude nessa caminhada, para que sejamos verdadeiros e limpos pelo Seu sangue.

Fiquem na paz, beijos!




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